26 agosto, 2007

62 - Candeeiro de petróleo

Foto: Shark inho

A NOSSA CASA

A luz acesa
(petróleo débil)
E tu inquieta, feliz, à minha espera.
Cismam livros e versos sobre a mesa.
Sonolentos, os cravos na varanda
Cabeceiam nos vidros.

Ando lá fora.
(Lá fora, a ventania,
A noite, o frio dos astros,
A Poesia decerto...)

À luz débil, insistes no bordado.
Os nossos filhos dormem
(levantaste-te agora para vê-los ...)

Irónica, a Poesia
Sabe que ando lá fora a procurá-la,
Indiferente ao vento e à noite fria.

(Sebastião da Gama)

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