
Poema kitsch
Tu és o meu veneno e o meu vício
uma forma de estar fora de mim
sem ti o que era espera faz-se ofício
a vontade de te ter noite sem fim
esse tu não estares, um breve indício
de flores morrendo no jardim.
Há um sítio em mim por habitar
casa para sempre em construção
há traves altos andaimes pelo ar
estaleiro abandonado junto ao chão
onde antes se julgava que era o mar
não há vagas nem marés nem barcos vão.
Se a hora de chegares fica esquecida
não mais posso esperar tua presença
o que antes era corpo tornou ferida
tudo o mais reduto de indiferença
pois onde agora a sombra estava a vida
onde antes a luz a noite imensa.
Tu és o meu veneno e o meu vício
uma forma de estar fora de mim
sem ti o que era espera faz-se ofício
a vontade de te ter noite sem fim
esse tu não estares, um breve indício
de flores morrendo no jardim.
Há um sítio em mim por habitar
casa para sempre em construção
há traves altos andaimes pelo ar
estaleiro abandonado junto ao chão
onde antes se julgava que era o mar
não há vagas nem marés nem barcos vão.
Se a hora de chegares fica esquecida
não mais posso esperar tua presença
o que antes era corpo tornou ferida
tudo o mais reduto de indiferença
pois onde agora a sombra estava a vida
onde antes a luz a noite imensa.
Bernardo Pinto de Almeida
2 comentários:
Gosto de poesia, mas este, que não conhecia, é verdadeiramente maravilhoso. Adorei. Obrigado Susete, um dia destes quando a inspiração pedir, venho e levo-o.
joca grande
Eu sabia que ias gostar e por vários motivos.
Leva-o quando quizeres já sabes que este blogue não tem direitos de autor e muito menos para os amigos.
Beijinhos
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