21 novembro, 2008

248 - Madrugada

Foto: Charquinho





















No calor da madrugada

Quando chegar a madrugada
E o meu corpo em ti buscar o amor
Vou desenhar-me na tua pele
E antes que a manhã se revele
Sorverei o teu sabor
Seremos além de amantes
Comandados comandantes
A caça e o caçador

Quando chegar a madrugada
Vou salpicar de estrelas
Teu suor sobre o lençol
E em suave melodia

No encontro da noite com o dia
Serei a lua
E tu, o sol

5 comentários:

Anónimo disse...

Linda poesia...mais uma vez...uma excelente escolha!

Beijo

shark disse...

Concordo com a Cila.
Até no beijo.
:-)

Susete Evaristo disse...

Obrigada amigos.
Cada vez gosto mais dos desafios que lanças e que me fazem descobrir os poetas da nossa terra.
E sim concordo com os dois.
Beijo Cila
Beijo Shark

Anónimo disse...

essa poesia é um tipo de Rondó ?
beijos ;*

Susete Evaristo disse...

Não, não caro anónimo, o Rondó é uma forma de escrever poesia em que o tema principal vai sendo repetido ao longo do poema exemplo estes versos de Vasco Graça Moura:

RONDÓ DA ESCRITA

o que escrevi me traduzi
e traduzi outros também
e traduzindo me escrevi
e a escrever-me fui eu quem

das várias coisas que senti
fez sofrimento de ninguém.
depois risquei, depois reli
e publiquei: assim porém

havia sempre mais alguém
para o chamar então a si,
também vivendo o que menti,
mas como seu, mas como sem

ter sido meu o que escrevi
fosse por mal, fosse por bem.
é a sua vez. e que mal tem?
no que escrevi sobrevivi.