12 outubro, 2008

236 - As Armas e os Barões asinalados

Foto: Charquinho
Os Lusíadas
Canto I
As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana
E em perigos e gurras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

Canto VI
28/29
Que descuido foi este em que viveis?
Quem pode ser que tanto vos abrande
Os peitos, com razão endurecidos
Contra os humanos, fracos e atrevidos?
...............................................................
Vistes e ainda vemos cada dia
Soberbas e insolências tais, que temo
Que do Mar e do Céu, em poucos anos
Venham deuses a ser, e nós humanos.

Canto IV
104
Nenhum cometimento alto e nefando
Por fogo, ferro, água, calma e frio,
Deixa intentado a humana geração!
Mísera sorte! Estranha condição!
(Luiz Vaz de Camões)

1 comentário:

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá, bela fotografia...Excelente poema...
Beijos