
Lembranças da minha infância
Está a chegar o fim de Julho Embora o tempo seja ameno É altura de ceifar o feno E o centeio para debulho
O camponês pega na gadanha,
Ceifa o feno com desembaraço Enquanto outro, no seu encalço, Junta a braçada que amanha E o feno assim exposto ao ar Bem estendido e acamado Fica mais uns dias no prado Para amarelecer e secar
Revolve-se uns dias depois
Para voltar a ser espalhado Quando já seco é enfeixado E levado no carro de bois Trazem-se os “nagalhos” do lar Feitos de palha de centeio Põe-se o feno no entremeio E é só torcer e apertar Os carros trazem os varais
Para segurar bem a carrada Que depois de bem apertada Ainda consegue levar mais E a pujança do camponês
Alçando mais feno nas forquilhas Carrega ainda algumas pilhas E aperta as cordas de vez Depois é um ver se te avias
Corro para trepar E lá no cimo bem aninhada Gravo na memória belos dias!... Gina Ferro