05 fevereiro, 2008

133 - Noites de Amor

Foto: Shark inho

Horas Rubras

Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…

Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p’las estradas…

Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…

Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras
(Florbela Espanca)

4 comentários:

Anónimo disse...

Este encaixa que nem ginjas. :-)

Susete Evaristo disse...

Claro que encaixa como todos os outros e é tão fácil juntar estas duas formas de arte. Com as tuas fotos os poemas ganham vida.

Anónimo disse...

Ui, ui... Que dueto de encantar vai aqui...

Adorei a simbiose perfeita

Cumprimentos

Susete Evaristo disse...

Sou mulher e curiosa!
Como era de esperar
Fui a correr aos Açores,
Ver a bebé tão formosa
Que ao berço foi parar.

Beijinhos e fica em linha que é como quem diz volta sempre