Foto: Shark inho
Horas Rubras
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p’las estradas…
Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras
(Florbela Espanca)
4 comentários:
Este encaixa que nem ginjas. :-)
Claro que encaixa como todos os outros e é tão fácil juntar estas duas formas de arte. Com as tuas fotos os poemas ganham vida.
Ui, ui... Que dueto de encantar vai aqui...
Adorei a simbiose perfeita
Cumprimentos
Sou mulher e curiosa!
Como era de esperar
Fui a correr aos Açores,
Ver a bebé tão formosa
Que ao berço foi parar.
Beijinhos e fica em linha que é como quem diz volta sempre
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